Confraria de S. Vicente de Paulo PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

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CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

A História da Instituição

“Há muito que Madre Micaela Margarida de Santa Ana, filha natural do imperador Matias da Alemanha e sobrinha de D. João IV de Portugal., professa do Convento das Albertas, ambicionava fundar outro Carmelo.

Situada em Carnide, um arrabalde de Lisboa, numa rua hoje denominada do Norte e anteriormente do Convento e ou das Freiras, localiza-se a Quinta do Correio-Mor com a sua residência e Capela anexa, assim chamada por ter sido pertença do Correio-Mor do reino do tempo de Filipe I, D. Luís Gomes da Maia. Por sua morte sucedeu-lhe seu filho, D. António que por escritura lavrada em 29 de Novembro de 1640, doou a Quinta para nele se fundar um Convento de Carmelitas descalças com a cominação de que se depois de fundado lhe fosse dado destino diferente do expresso na doação, o imóvel com todos os seus pertences reverteria para o dador ou seus sucessores.

Com esta dádiva, depois de recusadas outras ofertas em Santarém, Lumiar e Benfica, pode enfim Madre Micaela dar satisfação ao seu desejo.

Decorriam os trabalhos preparatórios para a instalação quando foi aclamado Rei D. João IV que com grande satisfação lhe concedeu de imediato o seu beneplácito, logo seguido de licença, por provisão de 22 de Julho de 1942, de D. Rodrigo da Cunha, ao tempo Arcebispo de Lisboa.

Foi pois o Convento das Albertas, onde entrara com idade de 4 para 5 anos donde nunca mais saíra que, em 30 de Março de 1642, Madre Micaela partiu, já com a patente de Prelada, para iniciar a clausura em Carnide, onde chegou, diz a lenda, debaixo de chuva torrencial, acompanhada das irmãs Anastácia de S. Francisco,

Em 25 de Março de 1650, entrou no Convento, com a idade de 6 anos, a infanta D. Maria, filha natural de D. João IV, para aí ser instruída e entregue aos cuidados de sua tia Madre Micaela. Foi esta Infanta, sempre dedicada à obra das Carmelitas, que muito contribuiu para a conclusão da construção da nova Igreja e Convento, em cuja pedra fundamental se diz: “O Duque de Aveiro, D. Raimundo de Lencastre, botou a primeira pedra deste Convento em 2 de Junho de 1646”. Num a lápide ainda hoje existente num dos cunhais da igreja pode ler-se: “Maria, filha de D. João IV, Rei da Lusitânia, construiu esta igreja. No ano de MDCLXII”.

Depois de várias vicissitudes, o Estado tomou posse do imóvel em 1891. Em 1929, o Rev. Padre José Ferreira Governo, adquiriu o imóvel para nela instalar o Asilo das Velhinhas de Pavalhã. Posteriormente designado por Asilo de Velhinhas de Carnide, passou a ter, desde 1931, a inestimável presença da Comunidade das filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo.

A partir de 1949 passou a denominar-se Confraria de S. Vicente de Paulo, hoje proprietária de todo o imóvel onde continua a manter um Lar de Idosas a par de um Jardim-de-Infância.

O Jardim-de-Infância surgiu como apoio para as meninas pobres, sendo inicialmente dada escola pelas Irmãs da Comunidade. Na década de 70. O Jardim-de-Infância iniciou-se também para os filhos dos empregados da Confraria e mais tarde ficou aberto a todas as crianças que o solicitavam.

 
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